Olá, pessoal!

Vamos falar sobre divinação?

Runas confeccionadas pela Jéssica Godoy, a foto é dela também

Fiquei muito tempo sem conseguir postar aqui porque eu tava sem computador, mas agora que tenho novamente, vou matar a saudade voltando a escrever posts aqui! Os posts agora serão somente sobre bruxaria. É o que me sinto mais confortável de escrever, e sinceramente, me empolga bastante!

Bom, pra tratar do meu retorno, resolvi começar uma série sobre oráculos! Eu tô muito interessada em aprender mais sobre divinação, e quem acompanha aqui sabe que sempre que estou estudando algo eu compartilho o conhecimento por aqui. Aliás, criar posts de conteúdo bruxesco para esse blog é uma das coisas que mais me motiva e um dos momentos onde mais aprendo. 

Nesse post nós vamos explorar um pouco da história da divinação, explorar alguns oráculos por cima.

Divinação é uma arte muito, muito antiga. Basicamente todas as civilizações antigas tinham alguma forma de divinação e isso é citado até na Bíblia, como interpretação de sonhos ou mensagens passadas a profetas pelo deus cristão. No Egito, séculos antes de Cristo, Alexandre O Grande visitava o Oráculo de Amon, assim tornando o, hoje em dia, um monumento famoso.

Mas provavelmente uma das civilizações mais conhecidas por seus oráculos com certeza foi a civilização grega. Oráculos é como eram chamados tanto o templo quanto o mensageiro dos deuses, que recebiam as mensagens dos deuses (a maioria dos templos eram associados a Apolo) e repassavam em forma de profecia. Havia também quem interpretasse essas profecias, apesar de que as perguntas eram apenas as que podiam ser respondidas com sim ou não.

Na cultura nórdica, o conhecimento das runas é histórico. As nornas são profetizas da cultura nórdica, mas não é apenas por elas que a cultura nórdica é conhecida por sua divinação. Odin, sendo um eterno ávido por conhecimento e sabedoria, queria o conhecimento das nornas, e pra isso ele se sacrificou aos pés da Yggdrasil, pendurado pelo tornozelo e espetado com sua própria lança, sem comer e nem beber, por nove dias. As runas aceitaram seu desafio e sacrifício e se mostraram para Odin em suas formas. Assim, Odin aprendeu não só a usar as runas de maneira divinatória, mas também de maneira mágica.

Existem infinitas maneiras de usar divinação. Com certeza um dos métodos mais conhecidos é o tarot. Existem diversos tipos de tarot, vários métodos de leitura e interpretação das cartas. Um dos mais famosos é o Tarot de LeNormand, que é uma das responsáveis por popularizar a cultura de divinação por meio das cartas. É claro que vou falar mais profundamente sobre cada método, mas no tarot também temos o Tarot de Marseille e o modo Rider-Waite. 

Aqui no Brasil também temos uma imensa influência com os métodos divinatórios trazidos da cultura africana e adaptados aqui no Brasil. O Tarot de LeNormand também é conhecido como baralho cigano, e também temos uso de Búzios em religiões de matrizes africanas. Tradição dos ciganos brasileiros, a Quiromancia (arte de ver o futuro nas palmas da mão) também é super conhecida no Brasil. Também não podemos deixar de falar da Astrologia, método extremamente popular no Brasil, principalmente por alcançar o público sem ligação necessária com nenhuma outra religião.

Há também formas de adivinhação com borra de café, usando Runas de Bruxa, adivinhação com ossos e também necromancia. Também podemos usar divinação com fogo, seja observando chamas ou fazendo perguntas a uma vela e interpretando sua chama. Numerologia, tabuleiro ouija, interpretação climática e até pura intuição. Toda forma de divinação é válida e depende de você escolher a que se encaixa melhor com sua prática.

Com certeza a divinação foi algo que se popularizou e se tornou extremamente acessível graças a internet. Além de facilitar os estudos e também tornar acessível diversos métodos de divinação, o acesso a profissionais que praticam divinação é incrivelmente mais fácil também. A grande maioria dos oráculos que divulgam seus trabalhos em redes sociais como Instagram, TikTok ou YouTube também divulgam conhecimento sobre suas respectivas crenças e religiões, assim como conhecimentos sobre seus métodos de oráculo.

Apesar de que ainda não temos uma enorme gama de livros sobre divinação escritos por brasileiros, não é difícil buscar a literatura necessária para aprender sobre uma forma ou outra de divinação. Há também diversos conteúdos espalhados em blogs, sites, canais no YouTube, contas no Instagram e até grupos no Facebook dedicados ao assunto, onde é compartilhado conhecimento e até links no Drive com livros sobre artes divinatórias.

Ao longo dessa série de posts, vamos ir explorando diferentes formas de divinação, mas também vamos falar sobre culturas específicas e seus métodos divinatórios. Essa vai ser uma série que tô muito empolgada pra compartilhar aqui!

Ah, e claro, vou aproveitar o fim do post pra divulgar o meu trabalho de divinação: A Vrăjitorie. Eu quero falar mais sobre meu trabalho aqui, mas em outro post. Por enquanto é só, em breve teremos mais posts divinatórios aqui no blog!